quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Travesti Luma Andrade entrega presentes da “Diversidade Solidária”


Diversidade Solidária foi o título da campanha natalina da Associação Russana da Diversidade Humana (ARDH), que congrega principalmente gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Os associados fizeram entrega de cestas básicas para famílias carentes do Brejo (“Mutirão Velho”), além de brinquedos para crianças e distribuição de camisetas da II Parada Regional da Diversidade Humana, ocorrida no início do mês. A presidente da ARDH, travesti Luma Andrade (conhecida nacionalmente por ser a primeira travesti a cursar doutorado no Brasil) fez a entrega dos presentes. A associação faz trabalhos sociais e educativos na região jaguaribana, servindo de exemplo.

                                                      Confira a matéria completa aqui
Travesti Luma Andrade entrega presente a criança carente de Russas. Foto: Divulgação

sábado, 3 de dezembro de 2011

Um pouco mais sobre a travesti Luma Andrade.



Desde os nove anos, Luma Andrade (ou João Filho Nogueira de Andrade) sofre preconceito por ser “diferente”. Agora, aos 31 anos, para compreender essa rejeição, Luma Andrade – como prefere ser chamada – ingressou no doutorado em Educação na Universidade Federal do Ceará, tornando-se, oficialmente, o primeiro travesti a alcançar esse nível da carreira acadêmica no país, de acordo com a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Luma é também servidora concursada do Estado, na Secretaria da Educação. Coordena 28 escolas em 13 municípios do interior do Ceará. A função permite que ela intervenha em casos como o de uma diretora que chamou os pais para reclamar que o filho era gay e de outra que queria impedir a entrada de alunos travestis que usassem batom. “Falei que isso não era certo, que era imoral. É preciso que entendam que a própria Constituição garante o direito de todos à educação, sem discriminação”, disse Luma, que sempre viveu em cidades do interior.

Luma hoje mora em Russas (165 km de Fortaleza). De acordo com ela mesma, o que enfrenta atualmente por ser travesti tem sido bem diferente do vivido pela maioria dos travestis de grandes centros urbanos. Filha de analfabetos pobres, ela disse que já chegou até a receber convites para “fazer programas”, mas que decidiu estudar para ajudar a família. A primeira dificuldade enfrentada por ela foi na terceira série, quando, por só brincar com meninas, apanhou de um colega da sala. “Quando fui chorando contar para a professora, ela virou e disse: “Bem feito, quem manda você ser desse jeito?”.

Educadora é premiada em Brasília.


A luta contra a homofobia e pelo direito à diversidade sexual eleva à premiação professora cearense

Russas. Quando no início do mês de novembro recebeu duas correspondências do Congresso Nacional, em Brasília, para participar de discussões sobre direitos dos homossexuais, Luma Andrade viu que sua luta só estava no começo. Professora, pedagoga, doutoranda, travesti, pioneira, debateu na audiência o "Bullying Homofóbico nas Escolas" e no Senado Federal recebeu o Prêmio Educando pela Diversidade Sexual, na semana passada. Em tempos de sintomáticas agressões contra homossexuais, a professora deste Município e presidente da Associação Russana da Diversidade Humana tem trabalho considerado referencial para o País.

Na semana passada, a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou projeto de lei da Câmara, que autoriza a mudança de nome de pessoas transexuais sem vínculo com cirurgia. É o caso de Luma Andrade, a primeira no Ceará a conseguir na Justiça a mudança do nome. Um dia antes de acompanhar a audiência legislativa, a educadora participou do seminário "Escola sem homofobia". O evento foi um pedido da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais (ABGLT).

Luma aponta a deficiência no ensino aos jovens e defende a capacitação dos professores nas escolas, para lidarem com questões como a tolerância sobre os direitos sexuais, um trabalho que não se resuma a acusações e punições, mas o entendimento de que tanto professor quanto aluno são sujeitos culturais.

"Até mesmo o professor com instrução está influenciado pela bagagem cultural de antes de se capacitar como transmissor de conhecimento", afirma a educadora cearense.

Créditos: Diário do Nordeste.
Link da Matéria aqui

Luma Andrade na Câmara Municipal de Russas: uma outra perspectiva.

Luma Andrade e o ator Lázaro Ramos
quando da entrevista para o "Fantástico"

A educadora Luma Andrade poderá ser candidata a vereadora de Russas, em 2012! A informação de que disponho não é oficial, posto que não é nem Luma nem o partido quem me repassa.

Eu gostei. E se eu fosse um dos LGBT, sentir-me-ia muito bem representado, agora mais que nunca. É fato que Luma é acima de tudo politizada, bem formada, clara e corajosa. E está faltando alguém do meio LGBT com firme determinação para representar não apenas os LGBT em Russas, mas para representar de modo mais contundente as minorias.

Hoje, apesar de todos os avanços na ciência e nas humanidades, na consciência dos direitos, entre outros, ainda há gente que considera homossexuais e transgêneros anomalias da natureza, seres demoníacos e por aí vai. Essa gente que pensa assim não percebe a estreita ligação desse tipo de pensamento com todo tipo de racismo, sexismo, especismo e outras barbaridades. Luma combate isso e representa uma natural liderança para as tantas pessoas que precisam de uma voz assim.

Receba meu apoio, educadora Luma Andrade! E siga em frente. Aos LGBT de Russas dou um recado: abram os olhos e enxerguem o potencial revolucionário de tudo isso! Se todo LGBT russano, em idade de votar, votasse na futura candidata Luma Andrade, seria certamente a mais expressiva votação das próximas eleições. E Luma não é de mudar a postura e trair seus camaradas. Isso é uma grande qualidade.

Firmeza?

Créditos: O Araibu.


Em documentário, Luma Andrade fala sobre homofobia na escola.


Em um documentário realizado em Forteleza, Luma Andrade discursa sobre a Homofobia na escola. O documentário tenta descobrir e denunciar a homofobia observada no ambiente escolar e propõe de uma educação sem preconceitos. 

G Magazine entrevista Luma Andrade.


Não importa se a pessoa é pobre, negra ou homossexual, ela pode chegar aonde quiser





Luma Andrade é a primeira travesti a ingressar em um curso de doutorado no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Cearense da cidade de Morada Nova, filha de uma família de trabalhadores rurais, apanhava na escola quando criança pelos colegas por ser considerada “fora dos padrões”. Nada, entretanto, abalou seu desejo de continuar estudando. 

Luma já foi professora, atualmente trabalha na Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Credi) e acaba de ingressar na Universidade Federal do Ceará para fazer um doutorado em Educação. Nesta entrevista ela fala da luta para vencer o preconceito e deixa claro que seu maior objetivo é conseguir que as escolas públicas aprendam a trabalhar a diversidade.


                                 Clique aqui para conferir a entrevista completa